segunda-feira, 2 de julho de 2007

Derruba um, constrói...

A turminha da direita sempre vem com um papo brabo quando se fala de ideologias e suas mortes. O exemplo do muro derrubado na Alemanha é gritado com endiabrado entusiasmo por eles. Porém sua memória seletiva, como é seletivo tudo na direita, esquece os inúmeros outros exemplos, agora, de construção. Abaixo, texto de Renato Pompeu na Caros Amigos de junho.
"A globalização derrubou o Muro de Berlim, mas está longe de garantir o direito de ir e vir em todo o mundo, pois novos muros estão sendo erguidos em numerosos países, segundo levantamento da Agência Reuters em www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N26347439.htm (em inglês).

O mais notório é o muro em construção na Palestina, com o qual as autoridades israelenses separam aldeias palestinas de suas terras de cultivo ancestrais. Estendendo-se pela Cisjordânia, é um muro de concreto de 5,5 metros de altura, e 700 quilômetros de extensão.

Outro muro bem conhecido separa os EUA do México, para impedir a entrada de mexicanos em território americano. É de metal e alcança 1.100 quilômetros, um terço do total da fronteira entre os dois países.

Em Bagdá, soldados dos EUA estão erguendo barreiras de concreto de 3,5 metros de altura e 3,5 quilômetros de extensão, para cercar um bairro sunita.

Cercas de arame farpado ocupam metade dos 2.900 quilômetros de fronteira entre a Índia e o Paquistão, e os planos são de aumentá-las até cobrirem quase toda a fronteira. Os dois países têm outras cercas: o Paquistão já construiu 30 quilômetros de cercas de arame farpado na fronteira com o Afeganistão e seu governo planeja muros e cercas para todos os 2.400 quilômetros. A Índia já ergueu uma cerca para separar seu Estado de Bengala da vizinha Bangladesh e pretende instalar cercas em todos os 4 mil quilômetros da fronteira entre os dois países.
Existem cercas e muros semelhantes, prontos ou planejados, separando a Tailândia da Malásia, o Marrocos do Saara Ocidental, os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla do Marrocos, a Arábia Saudita do Iêmen e do Iraque e o Kuwait do Iraque. Definitivamente, a globalização é para as finanças e os produtos, mas não para as pessoas."

Um comentário:

Anônimo disse...

foda isso...